É o interesse que inicia o relacionamento; seguido da paixão que os leva ao namoro. E, então, o desejo pelo outro, e a responsabilidade em formar uma família que os sustente em uma vida sólida e agradável, que propicia o momento da cerimônia de casamento. Paixão, desejo, amor; enfim, sentimentos e sonhos que incluem o medo; mas, acima deste a esperança de estarem certos.
Muitos momentos a sós; muita conversa; muita observação, do outro, da família do outro, de outros casais; muito aconselhamento. O que dizer, então, no momento da cerimônia; quando todos os olhos estão voltados para o “espetáculo”?
No tempo em que vivemos, talvez, nada seja melhor do que enfatizar para todos os presentes a seriedade do que se experimenta no casamento. Usando um texto geral quero destacar o temor a ser assumido no enlace matrimonial, diante de Deus: Eclesiastes 5.1-7.
A ênfase do texto está sobre a seriedade do compromisso assumido com Deus. Tendo isto em mente, o autor chama a atenção para a postura esperada pelo Senhor, revelada por meio de três atitudes:
1ª atitude: Adoração.
“Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (1).
Guardar o pé – costume oriental que denota respeito e reverência – referência física à retirada das sandálias, como sinal de respeito ao local que está sendo pisado. A seriedade está baseada no entendimento de se estar diante do Senhor, em um sentido solene.
Ouvir (obedecer) é melhor do que a participação formal na oferenda de sacrifícios – o ensino é que a obediência sincera, de coração, a Deus, é superior à participação religiosa meramente cerimonial. Algo muito comum em muitos que participam de uma cerimônia de casamento.
2ª atitude: Oração.
“Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras. Porque dos muitos trabalhos vêm os sonhos, e do muito falar, palavras néscias” (2-3).
O cuidado com aquilo que falamos, perante Deus; realçando sua soberania e, em contrapartida, nossa limitação; com relação a comprometimento, como ficará claro nos versos seguintes. Sonhamos, planejamos, agimos em prol daquilo que assumimos como certo; porém, não podemos nos esquecer de que “todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito” (Provérbios 16.2).
3ª atitude: Resolução.
“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Não consintas que a tua boca te faça culpado, nem digas diante do mensageiro de Deus que foi inadvertência; por que razão se iraria Deus por causa da tua palavra, a ponto de destruir as obras das tuas mãos? Porque, como na multidão dos sonhos há vaidade, assim também, nas muitas palavras; tu; teme a Deus” (4-7).
Cuidado com os comprometimentos perante Deus. Temos de ter consciência dos votos assumidos perante Deus; evitando nos colocar voluntariamente em uma situação de dificuldade, com votos impensados; para que não venhamos a usar falsas desculpas. A atitude esperada é a de que não sejamos como os tolos; isto é, não votemos apressadamente. Deus demanda seriedade incondicional. Exige nosso temor, nossa consideração. Isso significa respeito, reverência, mas também observância de Sua Palavra, de Seus preceitos.
O que Deus espera daqueles que estão diante dele em uma cerimônia de casamento é uma adoração verdadeira, uma oração consciente, e uma resolução de obedecer. Isto porque o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. O temor do Senhor é o princípio, a continuidade, e a vitória da sabedoria naqueles que vivem por ele.
É um privilégio amar. É um privilégio ainda maior amar por meio do Senhor, entendendo que este amor vem dEle, é por meio dEle, e é para Ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário